Segundo o autor do estudo, professor emérito de
psicologia Ed Diener, que também é cientista sênior
da Organização Gallup, da Universidade de
Princeton, NJ, foram revisados oito diferentes tipos de
estudos e a conclusão geral de cada tipo de estudo é
que a saúde e a longevidade são influenciadas
por nosso estado de humor. Um estudo que acompanhou cerca de
5.000 estudantes universitários por mais de 40 anos,
por exemplo, descobriu que aqueles que foram mais pessimistas
quando estudantes tendiam a morrer mais jovem do que seus
pares. Um estudo de prazo mais longo acompanhou 180 freiras
católicas do início da idade adulta até a
velhice e descobriu que aquelas que escreveram autobiografias
positivas aos 20 anos de idade tendem a viver mais do que
aquelas que escreveram relatos mais negativos de sua
juventude.
Houve algumas exceções, mas a maioria dos
estudos de longo prazo que os pesquisadores revisaram
constatou que a ansiedade, depressão, falta de prazer
nas atividades diárias e pessimismo estavam todos
associados com taxas mais elevadas de doença e uma vida
mais curta.
Estudos com animais também demonstram uma forte ligação
entre estresse e saúde deficiente. Experimentos com
animais que recebem o mesmo cuidado, mas diferem em seus níveis
de estresse (como resultado de superpopulação
nas gaiolas, por exemplo) concluíram que animais
estressados são mais suscetíveis à doença
cardíaca, têm sistema imunológico mais
fraco e tendem a morrer mais jovens do que aqueles que vivem
em gaiolas menos lotadas.
Experimentos com humanos descobriram que o bom humor reduz
os hormônios relacionados ao estresse, aumenta a função
imunológica e promove a rápida recuperação
do coração após o esforço. Em
outros estudos, conflitos conjugais e hostilidade elevada
entre casais foram associados com cicatrização
lenta e pior resposta imune.
Embora a felicidade não possa por si só
prevenir ou curar uma doença, as evidências de
que emoções positivas e satisfação
com a vida contribuem para uma melhor saúde e
longevidade são mais fortes que os dados que relacionam
a obesidade à longevidade reduzida, disse Diener. Ainda
segundo Diener, a felicidade não é nenhuma solução
mágica, mas a evidência é clara e
convincente e muda suas chances de contrair doenças ou
morrer jovem. Embora existam alguns estudos que encontram
efeitos opostos, a esmagadora maioria dos estudos suporta a
conclusão de que a felicidade está associada à
saúde e à longevidade.
Segundo o autor, as recomendações atuais em
relação à saúde focam quatro
pontos: evitar a obesidade, comer corretamente, não
fumar, e fazer exercício físico. Talvez seja
hora de acrescentar "ser feliz e evitar a raiva crônica
e a depressão à lista.
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