quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Atividade física, ainda que tardia, ajuda a proteger o coração

Idosos em um asilo em Huai'an, província de Jiangsu, na China (AP)Um estudo britânico constatou que a prática regular de atividade física ajuda a proteger o coração, ainda que iniciada tardiamente, após os 40 ou 50 anos.

O trabalho, publicado na revista científica Circulation, constatou que pessoas que faziam as duas horas e meia de exercícios recomendadas apresentavam índices menores de marcadores inflamatórios em seu sangue.
Os marcadores inflamatórios são importantes porque, segundo os especialistas, sua presença em grandes quantidades foi associada a um aumento nos riscos de problemas cardiológicos.
A pesquisa contou com a participação de mais de 4 mil pessoas e foi conduzida por cientistas da University College London, em Londres.
A descoberta não é inédita, uma vez que outros estudos já comprovaram os imensos benefícios para a saúde dos exercícios físicos, porém pesquisadores puderam verificar a redução dos problemas cardíacos mesmo para aquelas pessoas que começam a praticá-los na meia-idade.
A boa notícia é de que não é preciso fazer exercícios pesados na academia - caminhadas vigorosas e até jardinagem já contam para preencher a cota de duas horas e meia de atividade moderada por semana, acrescentaram os especialistas.
A equipe explicou, no entanto, que o estudo se focou em indicadores de problemas cardíacos de maneira geral e não sobre doenças do coração específicas, e que são necessárias mais pesquisas sobre o assunto.
Além disso, o estudo se baseou em relatos dos próprios participantes sobre a quantidade de exercícios que fizeram. É sabido que as pessoas tendem a superestimar a quantidade de exercícios que fazem.

Mexa-se!

Os participantes que disseram ter praticado a quantidade recomendada de exercícios durante os dez anos de duração do estudo apresentaram os índices mais baixos de marcadores inflamatórios.
Até aqueles que disseram ter começado a fazer os exercícios bem depois dos 40 apresentaram melhorias. Eles tinham menores índices de marcadores inflamatórios do que os participantes que relataram nunca ter feito exercícios suficientes.
Os resultados se mantiveram mesmo quando os pesquisadores levaram em consideração outros fatores, como obesidade e o hábito de fumar.
"Deveríamos estar encorajando mais pessoas a ficar ativas", disse Mark Hamer, chefe do estudo. "Por exemplo, a andar em vez de pegar o ônibus. Você pode beneficiar sua saúde com atividades moderadas em qualquer momento da sua vida".

Quantidade Recomendada de Exercícios

Menores de 5 anos (assim que aprendem a andar sozinhos): 3 horas diárias
Dos 5 aos 18 anos: Pelos menos 1 hora de exercícios por dia (envolvendo exercícios moderados e atividade física intensa) e exercícios para fortalecer os músculos 3 vezes por semana
Adultos (incluindo pessoas acima dos 65): 2 horas e meia de atividade física (envolvendo exercícios moderados e atividade física intensa) e exercícios para fortalecer os músculos 2 vezes por semana
Fonte: Autoridades de Saúde Britânicas

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Estudo: Orgasmo ajuda a prevenir doenças físicas e mentais

«Uma sinfonia do cérebro» ou «um espectáculo de pirotecnia». Estes são alguns dos termos usados pelos cientistas para referirem-se à resposta do cérebro no momento do orgasmo. Mas embora o prazer proporcionado por essa sensação seja de conhecimento geral, quais são os benefícios para a saúde?

Magdalena Salamanca, psicanalista especializada em sexo que trabalha em Espanha, disse à BBC que a ausência do prazer sexual pode provocar doenças e transtornos mentais.
«É importante porque o orgasmo é a satisfação de um dos instintos mais importantes do ser humano, que é o sexual», diz.
Ela destacou ainda que muitos dos problemas de cunho social ou profissional estão vinculados à insatisfação sexual. «Por exemplo, a ansiedade é um dos transtornos mais relacionados com a ausência do orgasmo».
Além disso, a psicóloga Ana Luna disse que «fisiologicamente, a descarga de muitas tensões que o ser humano acumula produz-se através do orgasmo».

Há alguns meses, cientistas da Universidade de Rutgers, no Estado americano de Nova Jersey, determinaram que o orgasmo activa mais de 80 diferentes regiões do cérebro.
Utilizando imagens de ressonância magnética do cérebro de uma mulher de 54 anos enquanto tinha um orgasmo, os cientistas descobriram que no acto quase todo o cérebro se torna amarelo, o que indica que o órgão está praticamente todo activo.
Os níveis de oxigénio no cérebro também reflectem um espectro que vai desde o vermelho intenso até um amarelo claro, e isto tem um impacto em todo organismo.

«Há outros benefícios porque todo esse sangue oxigenado que flui pelo corpo chega aos sensores da pele e vai para todos os órgãos», diz a psicóloga Ana Luna.
Já Magdalena Salamanca destaca que a saúde física e psíquica estão muito vinculadas à satisfação sexual proporcionada pelo orgasmo, o que o estudo da Universidade Rutgers parece comprovar.
A pesquisa mostrou como a actividade cerebral iniciada pelo orgasmo propaga-se por todo o sistema límbico, relacionado com as emoções e a personalidade.
Por isso, psicólogos como Ana Luna acreditam que o orgasmo é uma parte essencial de uma personalidade sadia.
«Quando você não tem um orgasmo toda essa energia fica presa», diz a estudiosa, acrescentando que muitas vezes a ausência do prazer sexual torna a pessoa irritadiça, triste, rabugenta e até mesmo com dificuldades em sorrir.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Ministério determina uso de Tamiflu para H1N1

Os médicos brasileiros estão orientados pelo Ministério da Saúde a receitar o medicamento oseltamivir (Tamiflu) para todos pacientes com síndrome gripal, mesmo antes do resultado dos exames, em estados onde há grande circulação do vírus H1N1. Segundo informações do próprio ministério, já está comprovado que o medicamento reduz a evolução da doença para um quadro grave, se ministrado nas primeiras 48h.
De acordo com o Cadastro de Informações da Influenza, o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), até 29 de julho de 2012, cinco Estados registraram 223 das 254 mortes decorrentes da gripe H1N1. Na região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul lidera o ranking ao lado de Goiás com sete mortes registradas.
Dados do Sinan mostram que 87,8% dos óbitos de 2012 foram registrados nos estados de Santa Catarina (72), São Paulo (53), Rio Grande do Sul (49), Paraná (33) e Minas Gerais (16). O maior número de mortes foi registrado entre os dias 17 e 23 de junho, quando 46 pessoas morreram.
O Ministério detectou uma redução significativa de óbitos, sendo que nas três semanas seguintes ao período de pico, o total caiu para 36, 28 e 18. Entretanto, como existem casos em investigação, os números devem sofre alterações nos próximos dias.
Mato Grosso do Sul e Goiás lideram ranking no Centro-Oeste
No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul aparece com cinco mortes registradas no Sinan, mas em dados atualizados a partir de informações da SES (Secretaria Estadual de Saúde), o Estado lidera o ranking ao lado de Goiás, com registro de sete mortes.
O sétimo caso foi registrado no dia 02 de agosto, com morte por complicações devido a doença, de Adriana Camilo Cintra, 28, que estava internada desde o início de julho no Hospital do Pênfigo. Somente de registros de casos, mais de cem já foram contabilizados no Estado.
Mortes de 2012 correspondem a 12,3 % dos casos registrados em pandemia de 2009
Apesar dos números elevados, dados do Ministério da Saúde mostram que o total de mortes em 2012, até o momento, corresponde a 12,3 % do total registrado durante a pandemia de 2009, na qual 2.060 pessoas morreram no país. Os cinco Estados que hoje lideram o ranking, também tiveram o maior número de casos naquele ano, concentrando 74% dos óbitos.
       

O alerta feito aos médicos é para que ministrem o oseltamivir (Tamiflu) o quanto antes, pois ele é mais eficaz nas primeiras 48 horas do surgimento dos sintomas, que são febre e tosse ou dor de garganta, além de dor de cabeça, nos músculos ou nas articulações. (Com informações da Agência Brasil)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Distúrbios de Ansiedade

A ansiedade é considerada um distúrbio quando ela ocorre em momentos que não se justificam ou quando é tão intensa ou duradoura que acaba interferindo com as atividades normais do indivíduo. Os distúrbios de ansiedade são o tipo mais comum de distúrbios psiquiátricos.
O que é ansiedade ?
A ansiedade é um sinal de alerta, que permite ao indivíduo ficar atento a um perigo iminente e tomar as medidas necessárias para lidar com a ameaça. Portanto é um sentimento útil. Sem ela estaríamos vulneráveis aos perigos e ao desconhecido. É algo que está presente no desenvolvimento normal do ser humano, nas mudanças e nas experiências novas e inéditas. A ansiedade permite a um ator que estreará uma nova peça, ensaiar o suficiente para ter maior segurança e, conseqüentemente, menor ansiedade; ou então que um jovem se prepare demoradamente e até com vários detalhes irrelevantes para um encontro amoroso. Após algum tempo, a preparação para o encontro com uma antiga namorada se torna quase desnecessária, já que não há mais ansiedade.

Como surge a ansiedade?
A ansiedade pode surgir repentinamente, como no pânico, ou gradualmente, ao longo do tempo, que pode variar de minutos a dias. A duração da ansiedade pode variar de alguns segundos a anos e sua intensidade pode variar do muito leve ao gravíssimo. A ansiedade pode ser aumentada por um sentimento de vergonha: "Os outros notaram que estou nervoso". Alguns ficam surpresos ao notarem que os outros não perceberam sua ansiedade ou não notaram a sua intensidade.
Como é a ansiedade normal?
A ansiedade normal é uma sensação difusa, desagradável, de apreensão, acompanhada por várias sensações físicas: mal estar epigástrico, aperto no tórax, palpitações, sudorese excessiva, cefaléia, súbita necessidade de evacuar, inquietação etc. Os padrões individuais físicos de ansiedade variam amplamente. Alguns indivíduos apresentam apenas sintomas cardiovasculares, outros apenas sintomas gastrintestinais, há aqueles que apresentam apenas sudorese excessiva. A sensação de ansiedade pode ser dividida em dois componentes:
  1. a consciência de sensações físicas, e
  2. a consciência de estar nervoso ou amedrontado.

Quando a ansiedade é anormal?
A ansiedade anormal ou patológica é uma resposta inadequada a determinado estímulo, em virtude de sua intensidade ou duração. Diferentemente da ansiedade normal, a patológica paralisa o indivíduo, traz prejuízo ao seu bem estar e ao seu desempenho e não permite que ele se prepare e enfrente as situações ameaçadoras.

Qual a diferença entre medo e ansiedade?
A diferença entre medo e ansiedade é questão teórica. Como citado anteriormente, a ansiedade é uma sensação vaga e difusa que nos leva a enfrentar com sucesso as situações agradáveis ou não. Já o medo, que também é uma reação normal, difere da ansiedade porque é ligado a uma situação ou objeto específico que apresenta perigo, real ou imaginário, e nos leva a evitá-lo. Um exemplo é o medo de assalto. Todos evitamos as situações que possam nos deixar mais vulneráveis.

O que é a fobia?
A fobia envolve uma ansiedade persistente, intensa e irrealística, em resposta a uma situação específica, como por exemplo altura. A pessoa fóbica evita a situação que desencadeie a sua ansiedade ou suporta-a com grande sofrimento. Entretanto, ela reconhece que sua ansiedade é excessiva e consciente que tem um problema. Uma fobia é caracterizada por:
  1. Medo excessivo, imensurável de um objeto ou situação;
  2. Comportamento de esquiva em relação ao objeto temido;
  3. Grande ansiedade antecipatória quando próximo do objeto em questão; e
  4. Ausência de sintomas ansiosos quando longe da situação fóbica.

O que causa uma fobia ?
Existem diversas teorias para o aparecimento de uma fobia como a psicanalítica, a comportamental, a existencial e a biológica.
Segundo as teorias psicanalíticas, a fobia é um sinal para o ego de que um instinto inaceitável está exigindo representação e descargas conscientes (sintomas de ansiedade ou fobias). A ansiedade desperta o ego para que tome medidas defensivas contra as pressões interiores. Se a repressão não for bem sucedida, outros mecanismos psicológicos de defesa podem resultar em formação de sintomas.
Segundo as teorias comportamentais, a fobia é uma resposta condicionada a estímulos ambientais específicos. Uma pessoa pode aprender a ter uma resposta interna de ansiedade após uma experiência negativa ou imitando respostas ansiosas de seu meio social. A teoria cognitiva da fobia sugere que padrões de pensamentos incorretos, distorcidos, incapacitantes ou contra-producentes acompanham ou precedem os comportamentos desadaptados. Os pacientes que sofrem de fobia tendem a superestimar o grau e a probabilidade de perigo em uma determinada situação e a subestimar suas capacidades para lidar com ameaças percebidas ao seu bem-estar físico ou psicológico.
De acordo com as teorias existenciais, as pessoas ficam fóbicas ao se tornarem conscientes de um profundo vazio em suas vidas. A ansiedade é a resposta a este imenso vazio de existência e significado.
Pelas teorias biológicas, a fobia é definida como uma função mental e essas teorias criam hipóteses para sua representação cerebral. Essas teorias são baseadas em medições objetivas que comparam a função cerebral de pessoas normais com indivíduos com fobias, principalmente através do uso de medicamentos ansiolíticos (tranqüilizantes). É possível que certas pessoas sejam mais suscetíveis ao desenvolvimento de um transtorno de ansiedade, com base em uma sensibilidade biológica. Os três principais neurotransmissores associados às fobias são a noradrenalida, o ácido gama-aminobutírico (GABA) e a serotonina.

Quais são os principais distúrbios de ansiedade?
Os principais distúrbios de ansiedade são: ansiedade generalizada, ansiedade induzida por drogas ou problemas médicos, ataque de pânico, distúrbio do pânico, distúrbios fóbicos (agorafobia, fobia social, fobia generalizada etc.), transtorno obsessivo-compulsivo.

O que é o distúrbio de ansiedade generalizada?
O distúrbio de ansiedade generalizada é a ansiedade e preocupação excessiva, quase que diária, sobre uma série de atividades ou eventos, e que dura 6 meses ou mais. A ansiedade e a preocupação são intensas e de difícil controle, desproporcionais à situação e podem ser sobre as mais diversas questões como dinheiro, saúde etc. Nesse distúrbio, pelo menos três dos seguintes sintomas estão presentes: inquietação, fatiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e sono de má qualidade. O tratamento é realizado com a a associação de medicamentos (antidepressivos ou benzodiazepínicos) e psicoterapia comportamental.

O que é a ansiedade induzida por drogas ou doenças?
Neste distúrbio, a ansiedade é decorrente de problemas médicos ou uso de drogas lícitas ou ilícitas. As doenças que podem causar ansiedade são: infecções cerebrais, doenças do labirinto, distúrbios cardiovasculares (insuficiência cardíaca, arritmias), distúrbios endócrinos (hiper-atividade das glândulas tireóide ou supra-renal) e distúrbios respiratórios (asma, doença obstrutiva crônica do pulmão). Entre as drogas que podem causar ansiedade têm-se: álcool, cafeína, cocaína e diversas drogas medicamentosas. A ansiedade também pode ser causada quando se para de tomar determinados medicamentos ou drogas ilícitas.

Quais são os principais distúrbios fóbicos?
Os principias disturbios fóbicos são agorafogia, transtorno do estresse pós traumático, fobia social, fobias específicas.

O que é a agorafobia?
O termo "agorafobia" significa medo de lugares abertos. Na prática clínica designa medo de sair de casa ou de situações onde o socorro imediato não é possível. O termo, portanto, refere-se a um grupamento inter-relacionado e freqüentemente sobreposto de fobias que abrangem o medo de sair de casa, medo de entrar em lugares fechados (aviões, elevadores, cinemas etc.) multidões, lugares públicos, permanecer em uma fila, viajar de ônibus, trem ou automóvel, de se distanciar de casa e de estar só em uma destas situações. A agorafobia é uma complicação freqüente no transtorno de pânico, onde todas as situações temidas têm em comum o medo de passar mal e não ter socorro fácil ou imediato.

O que é a fobia social ou transtorno de ansiedade social?
A fobia social é o medo patológico de comer, beber, tremer, enrubescer, falar, escrever, enfim, de agir de forma ridícula na presença de outras pessoas. Uma característica importante da fobia social é a ansiedade antecipatória e o sofrimento durante a exposição.

O que são fobias específicas?
São fobias restritas a situações altamente específicas, como determinados animais, altura, trovão, escuro, espaços fechados, visão de sangue ou medo de exposição a doenças específicas. Apesar de a situação temida ser limitada, a iminência ou o contato com ela pode provocar um ataque de ansiedade aguda. Fobias específcias surgem na infância e podem persistir por toda a vida se permanecerem sem tratamento, como ocorre na maioria dos casos. O tratamento indicado é a terapia comportamental, com uso de técnicas como a dessensibilização ou "flooding", associadas a técnicas de relaxamento. Em alguns casos, o uso de benzodiazepínicos, por período limitado, pode ser útil.

O que é o Transtorno de Estresse Pós-Traumático?
É um distúrbio de ansiedade que se desenvolve em pessoas que experimentaram estresse físico ou emocional de magnitude suficientemente traumática para um ser humano comum.
As principais características deste distúrbio são:
  1. a re-experiência do trauma através de sonhos e pensamentos em vigília ("flash back");
  2. torpor emocional para outras experiências relacionadas; e
  3. sintomas físicos de ansiedade, depressão e dificuldades cognitivas.
A ansiedade e depressão estão comumente associadas e a ideação suicida pode ocorrer. Como exemplo, há as experiências de guerra, catástrofes naturais, estupro, acidentes sérios etc. Fatores predisponentes, como traços de personalidade ou presença de outros transtornos mentais, podem facilitar o aparecimento do transtorno ou agravar o seu curso, mas não são necessários nem suficientes para explicar a sua ocorrência. O início do quadro segue o trauma com um período de latência que pode variar de poucas semanas a meses, raramente excedendo a 6 meses. O curso é flutuante e a recuperação ocorre na maioria dos casos. O tratamento com psicoterapia de orientação psicanalítica, terapia cognitiva e a associação a psicofármacos, ansiolíticos ou antidepressivos, conforme a síndrome predominante, parecem trazer bons resultados.

O que é o transtorno-obsessivo compulsivo?
O Transtorno Obsessivo Compulsivo, ou simplesmente TOC, é uma doença crônica caracterizada pela presença involuntária e intrusiva de obsessões e/ou compulsões. Obsessões são pensamentos, sentimentos, idéias, impulsos ou representações mentais vividos como intrusos e sem significado particular para o indivíduo. As obsessões mais comuns são as de limpeza e contaminação (por sujeira e doenças), verificação, escrupulosidade (moralidade), religiosas e sexuais.

Dr. Antonio Egidio Nardi

Pessoas felizes têm melhor saúde e vivem mais

Uma revisão de mais de 160 estudos com seres humanos e animais encontrou "provas claras e convincentes" que pessoas felizes tendem a viver mais e ter melhor saúde do que seus pares infelizes.
Segundo o autor do estudo, professor emérito de psicologia Ed Diener, que também é cientista sênior da Organização Gallup, da Universidade de Princeton, NJ, foram revisados oito diferentes tipos de estudos e a conclusão geral de cada tipo de estudo é que a saúde e a longevidade são influenciadas por nosso estado de humor. Um estudo que acompanhou cerca de 5.000 estudantes universitários por mais de 40 anos, por exemplo, descobriu que aqueles que foram mais pessimistas quando estudantes tendiam a morrer mais jovem do que seus pares. Um estudo de prazo mais longo acompanhou 180 freiras católicas do início da idade adulta até a velhice e descobriu que aquelas que escreveram autobiografias positivas aos 20 anos de idade tendem a viver mais do que aquelas que escreveram relatos mais negativos de sua juventude.
Houve algumas exceções, mas a maioria dos estudos de longo prazo que os pesquisadores revisaram constatou que a ansiedade, depressão, falta de prazer nas atividades diárias e pessimismo estavam todos associados com taxas mais elevadas de doença e uma vida mais curta.
Estudos com animais também demonstram uma forte ligação entre estresse e saúde deficiente. Experimentos com animais que recebem o mesmo cuidado, mas diferem em seus níveis de estresse (como resultado de superpopulação nas gaiolas, por exemplo) concluíram que animais estressados são mais suscetíveis à doença cardíaca, têm sistema imunológico mais fraco e tendem a morrer mais jovens do que aqueles que vivem em gaiolas menos lotadas.
Experimentos com humanos descobriram que o bom humor reduz os hormônios relacionados ao estresse, aumenta a função imunológica e promove a rápida recuperação do coração após o esforço. Em outros estudos, conflitos conjugais e hostilidade elevada entre casais foram associados com cicatrização lenta e pior resposta imune.
Embora a felicidade não possa por si só prevenir ou curar uma doença, as evidências de que emoções positivas e satisfação com a vida contribuem para uma melhor saúde e longevidade são mais fortes que os dados que relacionam a obesidade à longevidade reduzida, disse Diener. Ainda segundo Diener, a felicidade não é nenhuma solução mágica, mas a evidência é clara e convincente e muda suas chances de contrair doenças ou morrer jovem. Embora existam alguns estudos que encontram efeitos opostos, a esmagadora maioria dos estudos suporta a conclusão de que a felicidade está associada à saúde e à longevidade.
Segundo o autor, as recomendações atuais em relação à saúde focam quatro pontos: evitar a obesidade, comer corretamente, não fumar, e fazer exercício físico. Talvez seja hora de acrescentar "ser feliz e evitar a raiva crônica e a depressão à lista.

Mantenha o colesterol sob controle através de uma alimentação saudável

Hoje, todos sabem que altos níveis de colesterol podem provocar entupimento das artérias. Uma pessoa pode ter um infarto se qualquer uma das artérias que fornecem sangue para o coração ficar entupida. E se a artéria entupida fornecer sangue para o cérebro, pode causar um derrame. Contudo, existe uma grande confusão sobre a relação entre alimentação e colesterol. Embora sempre seja visto como um vilão alimentar, o colesterol é essencial para a vida. O corpo precisa do colesterol para produzir hormônios sexuais, ácido biliar, vitamina D, membranas celulares e feixes de nervos. Estas e outras funções são feitas pelo colesterol seroso, um composto parecido com gordura, denominado “lipídio”, que circula na corrente sanguínea. O colesterol dos alimentos vem de produtos de origem animal.
Diversos fatores – exercício, genética, sexo e outros componentes da alimentação – influenciam o modo como o corpo humano processa o colesterol vindo dos alimentos. Algumas pessoas podem consumir grandes quantidades e ter taxas normais de colesterol, já outras comem muito pouco e têm taxas altas. Aparentemente, a alimentação é responsável por cerca de 20% do colesterol do corpo, sendo que os 80% restantes são produzidos pelo fígado.

Colesterol Bom X Colesterol Mau

Para serem transportadas na corrente sanguínea, as moléculas de colesterol se ligam às proteínas e outros lipídios, em um complexo chamado de lipoproteínas. Duas classes de lipoproteínas são as grandes transportadoras de colesterol: as lipoproteínas de baixa densidade (LDL, sigla em inglês para low-density lipoproteins) carregam cerca de dois terços de todo o colesterol; e praticamente todo o resto é carregado pelas lipoproteínas de alta densidade (HDL, high-density lipoproteins). As LDL tendem a depositar o colesterol nas paredes das artérias, e, por isso, são as lipoproteínas responsáveis pela aterosclerose e por um maior risco de doenças cardiovasculares. Em oposição, as HDL removem o colesterol das paredes das artérias e de outros tecidos, carregando-o de volta para o fígado, a fim de ser metabolizado e eliminado pelo organismo. Por isso, as HDL geralmente são chamadas de colesterol “bom”, e as LDL são chamadas de colesterol “mau”. Um terceiro tipo, as lipoproteínas de baixíssima densidade (VLDL, very-low-density lipoproteins) transportam uma quantidade pequena de colesterol e triglicerídeos.
Um exame para medir a taxa de colesterol avalia a concentração total de colesterol no sangue. Essa taxa pode ser expressa de duas formas, em miligramas (mg) de colesterol por decilitro ou em milimoles (mmol) de colesterol por litro. O fator multiplicador 0,026 converte o sistema de miligramas para o sistema milimoles. Um valor total abaixo de 200 mg/dl (5,2 mmol/l) é considerado o ideal. Se o colesterol total for superior a 200 mg/dl, deve-se medir individualmente os níveis de LDL-colesterol e HDL-colesterol. Os níveis de LDL-colesterol devem ficar abaixo de 130 mg/dl (3,5 mmol/l); de 130 a 159 (3,5-3,9) é classificado como no limite para alto, e acima de 160 (4,0) significa aumento de risco de doenças cardíacas e coronarianas. A quantidade de HDL-colesterol deve ser no mínimo 45 mg/dl (1,2 mmol/l), e quanto mais altas melhor. Ao avaliar os riscos cardiovasculares, os médicos calculam a relação do colesterol LDL/HDL dividindo o colesterol total pelo valor do HDL. Uma relação ideal é de 4,5, ou menos.

Alimentação ideal para quem tem colesterol

Os especialistas são unânimes em recomendar uma alteração na alimentação se a contagem total de colesterol for superior a 200 mg/dl (5,3 mmol/l) ou se o nível de LDL- colesterol for superior a 130 mg/dl (3,5 mmol/l). O melhor a se fazer, para reduzir os níveis de colesterol, é diminuir a ingestão de gorduras saturadas. Uma alimentação que controle a ingestão de gorduras, não permitindo que ultrapasse 20% do total de calorias e que limite as gorduras saturadas a 7% ou menos, pode reduzir os níveis de colesterol em até 14%. O fumo, tanto o ativo quanto o passivo, provoca uma redução nos níveis dos antioxidantes saudáveis – como a vitamina C. A fumaça do cigarro também faz o sistema imunológico aumentar os níveis do LDL-colesterol.

Dietas rígidas apresentam resultados ainda melhores. Adote uma dieta vegetariana

A dieta vegetariana com baixos índices de gordura (menos de 10% das calorias), desenvolvida pelo Dr. Dean Ornish, pode reduzir o colesterol de forma substancial.

Não deixe de incluir alimentos que realmente baixem o colesterol.

Não é apenas o que você come que importa. É importante também ingerir alimentos que ajudem a baixar o colesterol. Alimentos ricos em flavonóides, como as frutas cítricas e a cebola, são conhecidos por gerar taxas saudáveis de colesterol. As fibras solúveis, encontradas em aveia, feijão e linhaça, também são uma poderosa arma contra o colesterol. A pectina da maçã, e de outras frutas, também diminui o colesterol, bem como a proteína de soja encontrada no tofu, no tempeh e no leite de soja.
Coma peixe rico em ômega-3. Ingerir de duas a três porções, por semana, de salmão, sardinha ou qualquer outro peixe de água fria está relacionado a um menor risco de sofrer
infartos e derrames. Inicialmente, acreditou-se que os ácidos graxos ômega-3 do peixe diminuíam o risco de problemas cardiovasculares ao reduzir os níveis de colesterol. Contudo, estudos recentes comprovaram que seu benefício provém de seu efeito sobre a coagulação do sangue e de possíveis mudanças no modo como o fígado metaboliza outros lipídios.
Abuse dos alimentos à base de soja. Inúmeras experiências comprovaram que aliar a proteína de soja a uma alimentação com baixos teores de gordura ajuda a reduzir a taxa de colesterol. A proteína de soja é encontrada na soja e em produtos à base de soja, como o tofu e algumas bebidas.
Use margarinas com fitosteróis. Foi comprovado que os fitosteróis ajudam a reduzir os níveis de colesterol, quando aliados a uma alimentação saudável. São encontrados em margarinas enriquecidas com fitosteróis, em óleos vegetais, em nozes e similares, em sementes de girassol e de gergelim, na soja e em outros legumes. Houve uma época em que se chegou a dizer que aumentar o consumo de gorduras poliinsaturadas – óleos de milho, algodão, açafrão, soja e girassol – ajudava a baixar o colesterol, mas posteriormente foi comprovado que esses óleos reduzem tanto os níveis do colesterol bom (HDL) como do mau (LDL). Em comparação, as gorduras monoinsaturadas encontradas nos óleos de canola e oliva, em algumas nozes e similares e no abacate têm o efeito contrário, reduzem o LDL-colesterol sem afetar os níveis do HDL-colesterol.

Dose diária de colesterol?

O papel do colesterol vindo dos alimentos ainda não está bem claro. Alguns estudiosos recomendam que se limite a sua ingestão para 300 mg por dia – o equivalente a comer uma gema e meia de ovo, 115 g de fígado de boi, duas xícaras de leite integral, um bife de 170 g e uma xícara de sorvete.

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