terça-feira, 20 de dezembro de 2011

 Remédio na hora certa!

Adaptado de: Revista Viva Saúde

Atrasar o horário do medicamento pode reduzir a sua eficácia e até mesmo provocar efeitos colaterais. A cronofarmacologia ensina como potencializar o efeito terapêutico das mais diferentes drogas

Para cada doença, um horário
Veja os períodos de maior incidência de certas patologias para estipular a posologia de medicamentos e garantir sua maior eficácia.

Asma
Sintomas: Falta de ar, chiado no peito, tosse, dificuldade para respirar.
Maior incidência: Entre 0 h e 6 h, com pico às 4 h.
Quando tomar o remédio? A queda na produção de cortisol provoca uma contração nos brônquios pulmonares, que atinge o seu pico às 4 h. Para o remédio fazer efeito às 4 h, os médicos recomendam que ele seja administrado pelo menos 8 horas antes, ou seja, às 20 h.
Diabetes

Sintomas: Sede, perda de peso e falta de apetite.
Maior incidência: Entre 3 h e 6 h.
Quando tomar o remédio? As crises costumam piorar de madrugada. O ideal é que o remédio seja prescrito à noite. Mas é preciso estar sempre bem alimentado, caso contrário, o indivíduo poderá sofrer uma crise de hipoglicemia.
Artrite

Sintomas: Dor forte e perda de mobilidade.
Maior incidência:
Às 6 h.
Quando tomar o remédio? Para ter um efeito melhor no organismo, o ideal é que o remédio seja administrado sempre à noite.
Cardiovasculares

Sintomas: Dor no peito e dificuldade para respirar.
Maior incidência: Entre 6 h e 12 h, com pico às 9 h.
Quando tomar o remédio? A partir das 6 h, o corpo ganha uma sobrecarga de cortisol, que provoca elevação na frequência cardíaca. O remédio deve ter ação prolongada e ser tomado antes de dormir.
Rinite
Sintomas: Coriza, congestão nasal e ardor nos olhos.
Maior incidência: Entre 6 h e 12 h.
Quando tomar o remédio? O medicamento, de ação prolongada, deve ser administrado à noite, antes de dormir, para prevenir indesejáveis crises noturnas.
Depressão
Sintomas: Dificuldade de concentração, sentimento de culpa e alternância de humor.
Maior incidência: Entre 18 h e 0 h.
Quando tomar o remédio? Os médicos recomendam que antidepressivos sejam tomados pelos pacientes sempre no início da tarde.
Gastrite e úlcera
Sintomas: Dor e queimação no estômago.
Maior incidência: Entre 23 h e 1 h, com pico à meia-noite.
Quando tomar o remédio? Na maioria das vezes, os médicos prescrevem remédios de ação rápida para serem tomados à noite, período em que ocorre um aumento da acidez no estômago.
Câncer
Sintomas: Perda de peso e falta de apetite.
Maior incidência: Varia de pessoa para pessoa.
Quando tomar o remédio? Dependendo da posologia, alguns medicamentos devem ser administrados à tarde; outros, à noite, antes de dormir. O ideal é tentar ajustar a dose terapêutica aos horários em que só células cancerígenas estejam sensíveis à ação do medicamento.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Particularidades do Câncer Infantil
 
O progresso no desenvolvimento do tratamento do câncer na infância foi espetacular nas últimas quatro décadas. Estima-se que em torno de 70% das crianças acometidas de câncer podem ser curadas, se diagnosticadas precocemente e tratadas em centros especializados. A maioria dessas crianças terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.

Com base em referências dos registros de base populacional, são estimados mais de 9000 casos novos de câncer infanto-juvenil, no Brasil, por ano. Assim como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a segunda causa de mortalidade proporcional entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, para todas as regiões. Como a primeira causa são aquelas relacionadas aos acidentes e à violência, podemos dizer que o câncer é a primeira causa de mortes por doença, após 1 ano de idade, até o final da adolescência. Dessa forma, revestem-se de importância fundamental para o controle dessa situação e o alcance de melhores resultados, as ações específicas do setor saúde, como organização da rede de atenção e desenvolvimento das estratégias de diagnóstico e tratamento oportunos.
Câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. As neoplasias mais freqüentes na infância são as leucemias (glóbulos brancos), tumores do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático). Também acometem crianças o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, freqüentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tumor renal), retinoblastoma (tumor da retina do olho), tumor germinativo (tumor das células que vão dar origem às gônadas), osteossarcoma (tumor ósseo), sarcomas (tumores de partes moles).
Diferentemente do câncer de adulto, o câncer da criança geralmente afeta as células do sistema sangüíneo e os tecidos de sustentação, enquanto que o do adulto afeta as células do epitélio, que recobre os diferentes órgãos (câncer de mama, câncer de pulmão). Doenças malignas da infância, por serem predominantemente de natureza embrionária, são constituídas de células indiferenciadas, o que determina, em geral, uma melhor resposta aos métodos terapêuticos atuais.
No adulto, em muitas situações, o surgimento do câncer está associado claramente aos fatores ambientais como, por exemplo, fumo e câncer de pulmão. Nos tumores da infância e adolescência, até o momento, não existem evidências científicas que nos permitam observar claramente essa associação. Logo, prevenção é um desafio para o futuro. A ênfase atual deve ser dada ao diagnóstico precoce e orientação terapêutica de qualidade.

Em nosso meio,  muitos pacientes ainda são encaminhados ao centro de tratamento com doenças em estágio avançado, o que se deve a vários fatores: desinformação dos pais, medo do diagnóstico de câncer (podendo levar à negação dos sintomas), desinformação dos médicos. Também contribuem para esses atrasos no diagnóstico, os problemas de organização da rede de serviços e o acesso desigual às tecnologias diagnósticas.  Mas algumas vezes também está relacionado com as características de determinado tipo de tumor, porque a apresentação clínica dos mesmos pode não diferir muito de diferentes doenças, muitas delas bastante comuns na infância. Os sinais e sintomas não são necessariamente específicos e, não raras vezes, a criança ou o jovem podem ter o seu estado geral de saúde ainda em razoáveis condições, no início da doença. Por esse motivo, é de importância crucial o conhecimento médico sobre a possibilidade da doença. 

É muito importante estar atento a algumas formas de apresentação dos tumores da infância.
Nas leucemias, pela invasão da medula óssea por células anormais, a criança se torna suscetível a infecções, pode ficar pálida, ter sangramentos e sentir dores ósseas.
• No retinoblastoma, um sinal importante de manifestação é o chamado "reflexo do olho do gato", que é o embranquecimento da pupila quando exposta à luz. Pode se apresentar, também, através de fotofobia ou estrabismo. Geralmente acomete crianças antes dos três anos de idade. Hoje a pesquisa desse reflexo poderá ser feita desde a fase de recém-nascido.
• Algumas vezes, os pais notam um aumento do volume ou uma massa no abdomen, podendo tratar-se nesse caso, também, de um tumor de Wilms ou neuroblastoma.
• Tumores sólidos podem se manifestar pela formação de massa, podendo ser visíveis ou não e causar dor nos membros, sintoma, por exemplo, freqüente no osteossarcoma (tumor no osso em crescimento), mais comum em adolescentes.
• Tumor de sistema nervoso central tem como sintomas dor de cabeça, vômitos, alterações motoras, alterações de comportamento e paralisia de nervos.
É importante que os pais estejam alertas para o fato de que a criança não inventa sintomas e que ao sinal de alguma anormalidade, levem seus filhos ao pediatra para avaliação. É igualmente relevante saber que, na maioria das vezes, esses sintomas estão relacionados a doenças comuns na infância. Mas isto não deve ser motivo para que a visita ao médico seja descartada.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

CÂNCER DE LARINGE

O câncer de laringe, que acomete o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atinge cinco homens para cada mulher. A maioria (90%) dos pacientes fuma ou já fumou, e a bebida alcoólica ajuda a agravar ainda mais o quadro.
Os dois juntos aumentam as chances em 40 vezes, pois reduzem a proteção natural da mucosa e causam uma multiplicação celular desordenada na região.
Por ano no Brasil, são diagnosticadas 10 mil pessoas com câncer de laringe – cuja função é carregar o ar da respiração até o pulmão, produzir a voz e impedir que os alimentos entrem nas vias respiratórias.
 Câncer de Laringe
O câncer de laringe é um dos mais comuns a atingir a região da cabeça e pescoço, representando cerca de 25% dos tumores malignos que acometem esta área e 2% de todas as doenças malignas. Aproximadamente 2/3 desses tumores surgem na corda vocal verdadeira e 1/3 acomete a laringe supraglótica (ou seja, localizam-se acima das cordas vocais).

Sintomas
Na história do paciente, o primeiro sintoma é o indicativo da localização da lesão. Assim, odinofagia (dor de garganta) sugere tumor supraglótico e rouquidão indica tumor glótico e subglótico. O câncer supraglótico geralmente é acompanhado de outros sinais e sintomas como a alteração na qualidade da voz, disfagia leve (dificuldade de engolir) e sensação de um "caroço" na garganta. Nas lesões avançadas das cordas vocais, além da rouquidão, pode ocorrer dor na garganta, disfagia e dispnéia (dificuldade para respirar ou falta de ar).

Fatores de RiscoHá uma nítida associação entre a ingestão excessiva de álcool e o vício de fumar, com o desenvolvimento de câncer nas vias aerodigestivas superiores. O tabagismo é o maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer de laringe. Quando a ingestão excessiva de álcool é adicionada ao fumo, o risco aumenta para o câncer supraglótico. Pacientes com câncer de laringe que continuam a fumar e beber têm probabilidade de cura diminuída e aumento do risco de aparecimento de um segundo tumor primário na área de cabeça e pescoço.


Laringe (Anatomia, Características, Funções, Glote   Laringe)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011


Medidas simples tomadas pela população são a melhor forma de evitar casos da doença



      O verão chegou e, com ele, chuvas e calor - condições ideais para a reprodução do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue. Por isso, é importante que a população se mobilize e faça sua parte, eliminando ou cobrindo os locais de concentração de água limpa, que servem como criadouro para o mosquito. "A grande maioria dos focos está nas próprias residências. O morador é um agente importante nesse processo", alerta Fabiano Pimenta, diretor técnico de Gestão da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde.
      O Aedes aegypti se prolifera dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos e hotéis), em qualquer lugar que acumule água limpa (caixas d'água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro e vasos de plantas). Os sintomas mais comuns da doença são febre, dores pelo corpo - principalmente nas articulações - e dor de cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas na pele e, em alguns casos, sangramento, mais comum nas gengivas. Ao perceber os sintomas, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa.
      O Governo Federal repassa recursos por meio do Fundo Nacional de Saúde (FNS) e fornece os insumos (inseticidas) para combate ao mosquito e os kits para diagnóstico da dengue. Os municípios são os responsáveis pelas ações diretas, como as visitas domiciliares e, nos casos de emergência epidemiológica, por fazer a borrifação de inseticida com os fumacês. Mesmo com o trabalho dos municípios, dos estados e do Ministério da Saúde, a população tem que fazer a sua parte.


VIDEO/SINTOMAS DA DENGUE
 "DENGUE" ASPECTOS CLINICOS


HPV e Câncer de Pênis
Ao contrário do que ocorre na mulher, que apresenta a zona de transformação do colo uterino com predisposição acentuadamente maior para neoplasia do que em outras áreas, na genitália masculina não há relação entre a localização da infecção pelo HPV e maior predisposição para a neoplasia.
Estudos recentes evidenciam que o HPV está presente em 30 a 50% dos casos de câncer peniano.
 Em homens, a presença de excesso de prepúcio e fimose parece ser um fato modificador da incidência e do desenvolvimento das verrugas genitais pelo HPV e do câncer peniano.
A cirurgia de fimose, postectomia ou circuncisão proporciona uma redução importante na chance  do homem apresentar câncer peniano, de ser infectado pelo HPV e pelo HIV.
O homem que foi operado da fimose apresenta uma redução de 42% da chance de se infectar pelo HIV.

GENITAL WARTS OTHER EFFECTS (HPV#2)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozóides, liberado durante o ato sexual.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.

Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ ) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

Estimativa de novos casos: 60.180 (2012)

Número de mortes: 12.274 (2009)

Atenção: A informação existente neste portal pretende apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da sua confiança.


domingo, 4 de dezembro de 2011

ENTREVISTA COM A

DERMATOLOGISTA




 
Drª. Graça Fernandes


A partir do ano 2000 o excesso de proteção solar, segundo pesquisas recentes, trouxe alguns prejuízos ao organismo. Quais podem ser os benefícios do sol?
Dra. Graça Fernandes: A pele tem como função principal atuar como barreira entre o meio interno e o externo. Desse modo, promove proteção contra o calor, a luz solar, lesões e infecções, assim como armazenamento de água e produção de vitaminas D. A vitamina D é importante constituinte da saúde humana e sua maior fonte é produzida por intermédio da exposição da pele humana à radiação ultravioleta. Sabemos do papel benéfico dela sobre a incidência e o prognóstico de outras doenças, por exemplo o câncer, raquitismo em crianças e osteomalácia em adultos.
Existem novidades sobre protetores, bloqueadores e maquiagens com fotoproteção?
Dra. Graça Fernandes: Grandes avanços vêm sendo conquistados desde a introdução dos filtros solares. Substancias com propriedades fotoprotetoras como, por exemplo, os antioxidantes e hidratantes estão agregando resultados na prevenção das dermatoses induzidas pelo sol.
Como escolher o fator de proteção solar (FPS) do filtro solar?
Dra. Graça Fernandes: Além de promover uma fotoproteção contra as radiações UVA e UVB, o filtro solar nunca deve ser menor que 15 FPS, podendo ser mais alto dependendo da cor da pele e do tempo de exposição. Aplica-lo 30 minutos antes da exposição ao sol, ser resistente à água e ao suor.




Câncer de Pele

     A pele é o maior órgão do corpo humano. É dividida em duas camadas: uma externa, a epiderme, e outra interna, a derme. A pele protege o corpo contra o calor, a luz e as infecções. Ela é também responsável pela regulação da temperatura do corpo, bem como pela reserva de água, vitamina D e gordura. 

     Embora o câncer de pele seja o tipo de câncer mais freqüente, correspondendo a cerca de 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil, quando detectado precocemente este tipo de câncer apresenta altos percentuais de cura. 

     As neoplasias cutâneas estão relacionadas a alguns fatores de risco, como o químico (arsênico), a radiação ionizante, processo irritativo crônico (úlcera de Marjolin), genodermatoses (xeroderma pigmentosum etc) e principalmente à exposição aos raios ultravioletas do sol

     Câncer de pele é mais comum em indivíduos com mais de 40 anos sendo relativamente raro em crianças e negros, com exceção daqueles que apresentam doenças cutâneas prévias. Indivíduos de pele clara, sensível à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias são as principais vitimas do câncer de pele. Os negros normalmente têm câncer de pele nas regiões palmares e plantares. 

     Como a pele é um órgão heterogêneo, esse tipo de câncer pode apresentar neoplasias de diferentes linhagens. Os mais freqüentes são: carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos de câncer de pele, o carcinoma epidermóide com 25% dos casos e o melanoma, detectado em 4% dos pacientes. Felizmente o carcinoma basocelular, mais freqüente, é também o menos agressivo. Este tipo e o carcinoma epidermóide são também chamados de câncer de pele não melanoma, enquanto o melanoma e outros tipos, com origem nos melanócitos, são denominados de câncer de pele melanoma.

Consulte o folheto
Proteja-se do câncer de pele.

CARCINOMA DE VULVA
ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS
Os antecedentes de doenças de transmissão sexual (15%) destas, preferencialmente a infecção por HPV (80%) e ou as doenças crônico-degenerativas (20%), são as variáveis mais comentadas na epidemiologia do câncer da vulva.
A presença de lesões precursoras de neoplasia (VIN), parece ser o fator de risco mais predisponente, e Atipias associadas à distrofias vulvares, o tipo de lesão mais importante.
Dados epidemiológicos como Tabagismo (28%), Obesidade (15%) e Hipertensão Arterial (42%), são fatores a serem ponderados.
A faixa etária para essa malignidade, situa-se entre 56 e 65 anos, predominando entre pacientes menopausados.
O sintoma preponderante é o prurido vulvar (66%), seguido de ulceração e nódulo vulvar.
Quanto a forma de apresentação, a lesão mais comum é a ulcerada (71%), localizando-se nos lábios maiores (70%) preferencialmente, sendo unilateral na maioria, e múltiplos (22%).
Estados iniciais (In situ e I) apresentam-se em 15% dos pacientes o que, infelizmente, reflete, devido a falha do diagnóstico precoce, um mau prognóstico.
LUGAR QUE OCUPA O CITODIAGNÓSTICO
A citologia da vulva é ainda pouco utilizada como método de rotina diagnóstica, e escassos são as publicações a respeito dos seus resultados.
O valor fundamental da citologia mostrou-se na prevenção secundária do câncer desta área, por permitir estudar zonas tão amplas quanto se desejar. Sua primeira indicação deve ser a preventiva, em pacientes a partir dos 50 anos, ao lado Vulvoscopia e o Teste de Collins, seguido pelo diagnóstico de toda lesão vulvar, em especial as distrofias e, finalmente, no controle periódico das lesões distróficas e pós-terapêutico das neoplasias.

Ivoni V. França

LESÕES INTRA-EPITELIAIS CERVICAIS: ESTUDO RETROSPECTIVO EM MULHERES DE BAIXA RENDA NO MUNICIPIO DE MORRINHOS-CEARÁ
IVONI VIEIRA FRANÇA

Objetivo geral: identificar a incidência de lesões intro-epiteliais cervicais na população de mulheres de baixa renda entre 14 e 59 anos, atendidas no município de Morrinhos.
Objetivo especifico: caracterizar o perfil sócio-economico e epidemiológico das mulheres portadoras de lesões intra-epiteliais cervicais entre 14 e 59 anos que se submeteram ao teste Papanicolau – 2001, levantar os índices dos agentes das doenças sexualmente transmissíveis nos exames citopatologicos.
Metodologia: estudo  descritivo transversal e retrospectivo em 200 (duzentas) mulheres de baixa renda entre 14 e 59 anos no ano 2001
Analise documental dos dados secundários: fichas do SIAB, relatório do controle do câncer cervico Uterino do Ceará – IPCC. Fichas ginecológicas ambulatoriais, requisição e laudos citopatologicos.
Resultado: incidência LSIL – 1% HSIL – 1,5% 2,5%
 Índice de DST nos exames citopatológicos:  Gardenerella Vaginalis 6% Candida (SP) – 5% Triconomas Vaginalis – 4,5% Papilomas Virus Humano – HPV = 2,5% Total 18%
Conclusão: a incidência de 2,5% das lesões intra-epiteliais cervicais no material analisado e a esperada para a região Nordeste. A presença do padrão cito morgologico do HPV confirma a literatura. O percentual dos agentes das DST´s Papiloma Virus Humano (HPV). Triconomas. Gardenerella. Cândida (SP) no material foi de 18%. Grandes multíparas 31,5% idade reprodutiva 78%. A multiparidade tem aparecido como fator de risco independente para a neoplasia e as DST´s como fator de risco associado.
Recomendações: estimular o envolvimento da comunidade nas ações de promoção à saúde da mulher, enfatizando o planejamento familiar, implementar a coleta de material cervico vaginal nas unidades de saúde, com ênfase na zona rural, intensificar o controle e acompanhamento das portadoras de NIC 1 (Neoplasia Intra – Epitelial grau 1, tratar as pacientes com microflora positiva, montar programas informativos no sentido de modificar os hábitos e a higiene sexual além da recomendação do uso sistemático do preservativo, elaborar uma capacitação para os recursos humanos de área. 

Ivoní V. França

MEDICINA E SAÚDE
 
Câncer, do Colo do Útero

A incidência de câncer do colo do útero, em geral, é elevada em países como o Brasil, onde a renda familiar é insuficiente para suprir as necessidades básicas.

Estudos epidemiológicos que analisam o perfil do câncer cérvico-uterino relacionam a sua incidência a fatores de risco, tais como más condições de higiene e alimentação, tabagismo, iniciação sexual precoce, multiparidade, multiplicidade de parceiros (promiscuidade), infecções ginecológicas repetidas e infecções por Vírus do Papilomavírus Humano (HPV).

Dentre todos os tipos de câncer, o colo do útero é o que apresenta um dos mais elevados potenciais de prevenção e cura, podendo alcançar cerca de 100% quando diagnostico  é feito precocemente. O seu pico de incidência está situado na faixa etária entre 40 e 60 anos, sendo que apenas um pequeno percentual de casos ocorre antes dos 30 anos, fato que pode estar relacionado a evolução lenta da doença.

Chama a atenção o fato de que, embora desde o final da década de 40, o Brasil disponha de tecnologia, o exame Papanicolau para detecção precoce do câncer do colo do útero, apenas 10%  das mulheres brasileiras submetem-se ao exame citopatológico pelo menos 3 vezes na vida. Isto resulta no diagnostico da doença numa fase avançada em 70% dos casos diagnosticados, o que dificulta a cura e sobrevida das pacientes.

Entre as características que viabilizam a efetividade dos programas de controle do câncer pode ser incluídos:

Ø  A existência de um exame com sensibilidade e especificidade adequadas para o seu rastreamento, o exame de citologia exfoliativa do colo uterino.

Ø  A existência de método adequado para o tratamento das fases assintomáticas.

Ø  Um maior eficácia no tratamento dessas lesões precursoras do que o câncer propriamente dito.

Ø  O custo da detecção e do tratamento do período assintomático e certamente menor que o tratamento da doença clinica e,

Ø  O numero estimado de mulheres portadoras de lesões precursoras não inviabilizaria um programa de busca ativa dos casos.

Além disso, deve também estar garantida a população0 a atenção de média e alta complexidade através de sistema de referencia e contra-referencia.
Dentro do programa de atenção à saúde da mulher, o controle de câncer cérvico uterino deve ser organizado através de campanhas em áreas de maior risco. Além disso, deve-se incluir as lesões epiteliais cervicais, na lista municipal de doenças de notificação compulsória, com vistas a construção de um banco de dados sobre a distribuição da doença no município.

As ações extra-setoriais devem ser realizadas através de articulação com a secretaria municipal de educação, com vista a prevenção de DST, incentivo ao planejamento familiar com prevenção de gravidez precoce.

Inicia-se no momento, uma perspectiva para a realidade de uma prevenção primaria ativa em nível dos mecanismos moleculares nas diversas fases evolutivas do processo: iniciação, promoção e transformação

Conceitualmente dois tipos de vacinas podem ser desenvolvidas as profiláticas, que protegem o hospedeiro de desenvolver neoplasias associadas ao HPV e as terapêuticas, que induziriam a regressão das lesões estabelecidas, segundo Schmitt e Milanezi (1988).

A vacina contra HPV oncogênico é uma vacina profilática. Não é a intenção prevenir a progressão de lesões associadas ao HPV já presentes no momento da vacinação. A vacina contra HPV oncogênico não confere proteção contra todos os tipos de HPV oncogênico. A vacinação é uma prevenção primaria e não substitui os exames ginecológicos regulares (“Exame de Papanicolau” – prevenção secundária) ou as precauções contra a exposição ao HPV e ás doenças sexualmente transmissíveis. A duração da proteção não foi completamente estabelecida. Observou-se proteção eficaz sustentada por até 6, 4 anos após a primeira dose.

Ivoní V. França



quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Câncer de Mama

MORTALIDADE DO CANCER DE MAMA




Entre 1980 e 1995, a mortalidade por câncer de mama feminino aumentou em todas as regiões, mas o risco de morte no Sul e Sudeste é pelo menos duas vezes o de outras regiões. Entre os inúmeros fatores de risco para câncer de mama, cujas diferenças poderiam ser assinaladas para explanar as diferenças geográficas de mortalidade, pode-se destacar o fato das mulheres do Norte, Nordeste e Centro-Oeste registrarem maior número médio de filhos e com tendência a tê-los em idades mais precoces. Esta característica, vinculada à estrutura social destas regiões, poderia estar agindo como um fator de proteção para o câncer de mama nestas regiões. Ao contrário, as mulheres das regiões Sul e Sudeste, urbanizadas em maior proporção, em geral, iniciam gestações em idades mais avançadas. 

    


      CÂNCER DE MAMA:
É uma doença causada pela multiplicação anormal das células da mama


 O exame das mamas realizado pela própria mulher não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde qualificado  para essa atividade.

                                             
                                     

                                          A Mamografia
 
A mamografia é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros).É realizada em um aparelho de raio X apropriado, chamado mamógrafo. 


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