segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Hanseníase

HANSENÍASE
O Brasil ocupa o 2° lugar no mundo em números absolutos de casos em Hanseníase e o primeiro lugar nas Américas. As regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, apresentam as maiores taxas, segundo o Boletim Epidemiológico do Núcleo de Epidemiologia da Secretaria de Saúde do Ceará (SESA-CE), Agosto/2001, e de acordo com esse boletim, a Série Histórica do Ceará (Anexo 1) no período entre 1986 - 2000( A doença apresenta tendência geral a expansão que se baseia numa tendência ascendente nas taxas detecção e se deve ao aumento da transmissão da doença que chega a alcançar no ano 2000 as taxas de incidência de 2,91 / 10.000 hab. e de prevalência de 4,64 / 10.000 hab., guardando assim uma importante distância da meta proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que é de menos de 1 (um) doente por 10.000 habitantes.
A hanseníase é uma doença sistêmica infecciosa, de evolução lenta, que se manifesta com lesões na pele e nos nervos com grande potencial incapacitante. É causada por um bacilo denominado Mycobacterium leprae. O aparecimento da doença e suas diferentes manifestações clínicas dependem da resposta do sistema imunológico do organismo atingido.
Em um país endêmico como o Brasil, se uma pessoa apresenta lesão de pele, com perda de sensibilidade, deve ser considerado suspeito de Hanseníase, (sintomático dermatológico).
Um caso de Hanseníase se define quando uma pessoa apresenta um ou mais dos critérios abaixo com ou sem história epidemiológica e que requer tratamento específico:
• Lesão(ões) de pele com alteração de sensibilidade;
• Espessamento neural acompanhado de alteração de sensibilidade;
• Baciloscopia positiva para Mycobacterium leprae.

A BACILOSCOPIA NEGATIVA NÃO AFASTA O DIAGNÓSTICO DE HANSENÌASE.
As lesões de pele da Hanseníase podem estar localizadas em qualquer região do corpo e também acarretar a mucosa nasal, cavidade oral, laringe e globo ocular. Como doença sistêmica a Hanseníase, pode também apresentar sintomas gerais.
A Hanseníase não é apenas uma doença de pele, mas também dos nervos periféricos. As lesões nervosas podem ocorrer nas formas clínicas da Hanseníase (Tuberculoide, Dimorfo e Virchowiana).
A avaliação neurológica de incapacidades físicas devem ser realizada no mínimo:
• No início do tratamento;
• Na alta por cura;
• Na ocorrência de neurites e reações, durante ou após o tratamento; 

A dimensão Social e cultural da Hanseníase permanece um desafio.

Ivoni V. França 


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