quinta-feira, 3 de maio de 2012

6 fatos surpreendentes sobre os sonhos

O mundo dos sonhos ainda é uma terra um tanto desconhecida para os cientistas. Os mistérios dos seus significados, de onde vêm os sonhos vívidos, porque alguns têm pesadelos e outros dormem profundamente bem, são questões pouco compreendidas que surpreendem não só os pesquisadores, mas nós também. Confira:
1 – Porque nós sonhamos?
Os cientistas há muito tempo se perguntam por que nós sonhamos. Sigmund Freud disse uma vez que os sonhos satisfazem nossos desejos, e por isso existem. Também já foi dito que essas viagens melancólicas são apenas um movimento rápido dos olhos, ou sono REM.
Mas uma pesquisa indicou que uma razão pela qual sonhamos pode ser o pensamento crítico. A psicóloga Deirdre Barrett descobriu que os sonhos podem nos ajudar a resolver quebra-cabeças.
O aspecto visual e muitas vezes ilógico dos sonhos os tornam perfeitos para o tipo de pensamento “fora do comum” que é necessário para resolver alguns problemas.
Sendo assim, mesmo que os sonhos tenham evoluído para uma outra finalidade, provavelmente foram aperfeiçoados ao longo do tempo para várias tarefas, inclusive ajudar a “descansar e reiniciar” o cérebro e resolver problemas.
Também, sonhos vividos podem melhorar nosso aprendizado. O sono REM começa quando sinais são enviados pela base do cérebro para o córtex cerebral, que é responsável pelo aprendizado e pela organização de informações.
O sono REM ativa as partes do cérebro que utilizamos para aprender, o que pode explicar por que crianças têm um sono REM muito mais longo que adultos. Além disso, este estágio do sono aumenta a liberação de proteínas no cérebro, e estudos já demonstraram que as pessoas aprendem e lembram de mais coisas quando têm o estágio REM durante o sono – quando sonham.
Estudos comprovam que geralmente sonhamos sobre as atividades do dia, mesmo que não lembremos de tais sonhos. Os sonhos interconectam as memórias sobre as atividades recentes, misturando imagens análogas com coisas similares que já conhecemos, permitindo que, no dia seguinte, melhoremos nossa performance durante aquele tipo de tarefa.
Além disso, cientistas descobriram que durante a fase de sonho do sono, os nossos cérebros mostram uma diminuição dos níveis de certas substâncias químicas associadas ao estresse.
Ao reprocessar experiências emocionais anteriores neste ambiente do sono REM, acordamos no dia seguinte e essas experiências são “amolecidas” em sua força emocional. As conclusões dos cientistas podem explicar porque pessoas com síndrome do estresse pós-traumático (TEPT) tem tanta dificuldade em se recuperar de experiências dolorosas e sofrem pesadelos recorrentes. Também pode ser uma explicação para o motivo pelo qual sonhamos – para nos sentirmos melhores e lidarmos melhor com nossos problemas.
2 – Você esquece 90% dos seus sonhos
Depois de cinco minutos acordado, metade do seu sonho já foi esquecida. Em 10 minutos, 90% dele já se foi.
Se você for acordado durante o sono REM, você tem mais chances de lembrar de seu sonho mais vividamente do que quando você acorda pela manhã.
O famoso poeta Samuel Taylor Coleridge acordou uma manhã depois de ter um fantástico sonho (possivelmente induzido pelo ópio) e começou a descrever sua visão, no que é um dos poemas ingleses mais famosos: Kubla Khan. Depois de haver escrito 54 linhas, ele foi interrompido por um visitante indesejado. Samuel retornou ao seu poema, mas não pode lembrar o resto de seu sonho. O poema nunca foi concluído.
Curiosamente, o autor Robert Stecenson inventou a história do Doutor Jeckyll e Sr. Hyde enquanto estava dormindo. Frankenstein, de Mary Shelley, também foi filho de um sonho da autora.
3 – Homens têm mais sonhos eróticos
Nenhuma surpresa aqui: os homens são mais propensos do que as mulheres a sonhar com sexo. Pior: as mulheres são mais propensas a ter pesadelos.
Em um estudo com quase 200 homens e mulheres com idades entre 18 a 25 anos, a psicóloga Jennie Parker descobriu que os pesadelos das mulheres podiam ser divididos em três categorias: sonhos temerosos (ser perseguida ou ter a vida ameaçada), sonhos que envolvem a perda de um ente querido, ou sonhos confusos.
“Se as mulheres têm que relatar o sonho mais importante que já tiveram, elas são mais propensas do que os homens a relatar um pesadelo muito perturbador”, disse Parker. “As mulheres relatam mais pesadelos, e seus pesadelos são emocionalmente mais intensos que os dos homens”.
Isso não significa que as mulheres não “se divertem” em seus sonhos. Um estudo apresentado em 2007 revelou que, dos cerca de 3.500 relatos de sonhos das pessoas, aproximadamente 8% continham algum tipo de atividade sexual.
4 – Você pode controlar seus sonhos
Os seres humanos têm conhecimento sobre o sonho lúcido há séculos. Os budistas tibetanos começaram a praticar “ioga dos sonhos” mais de 1.000 anos atrás, como um meio de alcançar uma forma mais pura de consciência através da consciência em sonhos.
E uma pesquisa afirma que, se você estiver interessado em sonhos lúcidos, melhor começar a jogar videogame. Ambos representam realidades alternativas, de acordo com Jayne Gackenbach, psicóloga canadense que estuda o assunto. É claro que eles não são completamente iguais; enquanto os videogames são controlados por computadores e consoles, os sonhos surgem da mente humana.
Sua pesquisa mostrou que as pessoas que frequentemente jogam videogames são mais propensas a ter sonhos lúcidos onde se veem fora de seus corpos, e também são mais capazes de influenciar seus sonhos, como se controlassem um jogo.
Esse nível de controle também pode ajudar os jogadores a tornar um pesadelo horripilante em um sonho tranquilo. Esta espécie de controle poderia ajudar veteranos de guerra que sofrem de síndrome do estresse pós-traumático (TEPT).
Outras pesquisas sugerem que várias técnicas podem aumentar a frequência de sonhos lúcidos. Por exemplo, você pode se lembrar, antes de ir dormir, que você deseja estar ciente de que você está sonhando quando os sonhos acontecerem.
Também é possível fazer algumas verificações para se certificar se que você está acordado ou sonhando durante o sonho. Por exemplo, olhar para letras ou números, esperar um pouco e olhá-los novamente pode indicar um sonho lúcido. Se eles mudarem ou parecerem estranhos, é mais provável que seja um sonho em que você está consciente.
Mas há um porém: confundir sonhos com a realidade pode ser um sinal de doenças mentais como a esquizofrenia. Essa confusão não é tão pura ou clara. Segundo os especialistas, ter interesse no sonho lúcido é uma atividade totalmente inócua. Mas achar que os sonhos são mais vívidos do que a realidade, ou ter dificuldade em distinguir entre os sonhos e a realidade são sinais de alerta para doença mental.
A boa notícia é que esses casos são muito raros. A maioria das pessoas que pratica o sonho lúcido, e leva isso a sério, é saudável e sana.
5 – Dormir tarde = mais pesadelos
Ficar acordado até tarde tem suas vantagens, mas ter um bom sonho não é uma delas. Uma pesquisa revelou que as pessoas que dormem mais tarde são mais propensas do que quem acorda cedo a ter pesadelos.
No estudo, 264 estudantes universitários classificaram quantas vezes tiveram pesadelos em uma escala de “0″ (que significa “nunca”) a “4″ (que significa “sempre”). Os tipos mais noturnos tiveram uma média de pesadelos de 2,10, em comparação com os tipos matutinos que tiveram uma média de 1,23.
Os pesquisadores não sabem por que os hábitos de sono têm a ver com os pesadelos. Entre suas ideias, está o fato de que o hormônio do estresse, cortisol, atinge seu pico de manhã, logo antes de uma pessoa acordar, um momento em que estamos mais propensos ao sono REM, a fase do sonho. Se a pessoa ainda estiver dormindo nesse momento, talvez o aumento do cortisol possa provocar sonhos vívidos ou pesadelos.
6 – Pesadelos violentos podem ser um sinal de doença mental
O distúrbio comportamental do sono REM é uma condição que faz as pessoas se moverem, chutarem, gritarem em seus sonhos, ou seja, ter um comportamento às vezes violento durante um pesadelo.
Esse tipo de sonho pode ser um sinal precoce de doenças do cérebro, como mal de Parkinson e demência.
Estudos observaram que 45% dos pacientes que têm distúrbios comportamentais do REM desenvolvem Parkinson ou outras doenças neurodegenerativas, talvez devido à falta de dopamina no cérebro, que pode ligar as duas condições.
Os estágios iniciais das doenças neurodegenerativas podem começar décadas antes de uma pessoa, ou mesmo médico, saber disso. É por isso que os pesadelos – tão agitados – podem ser um bom sinal da condição.
Por Natasha Romanzoti em 2-5-12 | 

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