sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Vacina contra o HPV

Vacina contra o HPV também previne câncer de ânus

Nova indicação foi aprovada pela Anvisa e contempla ambos os sexos

A vacina quadrivalente contra o HPV (papilomavírus humano) ganhou mais uma indicação devidamente aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária): prevenir o câncer anal em ambos os sexos. Até então, a imunização era indicada para blindar as mulheres contra o câncer de colo de útero e os homens de verrugas genitais.

Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), o tumor é raro e representa de 1% a 2% de todos os cânceres do cólon e de 2% a 4% de todos os tipos de tumores que acometem o intestino grosso.

Maioria das mulheres será infectada por HPV alguma vez na vida
No entanto, o ginecologista Dr. Nelson Valente Martins, professor adjunto de Ginecologia Oncológica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), avisa que nos últimos anos a incidência de câncer de ânus vem aumentando de forma alarmante e já ultrapassou os tumores de vulva e vagina.

— O câncer anal é mais frequente entre homossexuais, pacientes com HIV e mulheres com lesões induzidas por HPV, mas isso não exclui outros grupos de contrair a doença. Por isso, todos precisam adotar métodos de prevenção.

Sexo oral causa mais câncer de garganta que cigarro e álcool
Como o papilomavírus humano é altamente transmissível, a relação sexual anal não é a única forma de contágio. Nesse cenário, a vacina entra como uma forte arma preventiva.

— Apesar de eficaz, a vacina não protege contra todos os tipos de HPV, por isso é essencial usar camisinha nas relações sexuais, evitar múltiplos parceiros e fazer exames de rotina.

Se detectado de forma precoce, alerta o ginecologista, a chance de cura do câncer anal é quase certa. O sintoma mais comum da doença é sangramento durante a evacuação associado à dor.

— O tratamento vai depender do estágio da doença, mas pode ser clínico ou cirúrgico. Por isso, reforço que os exames preventivos não podem ser esquecidos pela população.

Vacina contra HPV poderá ser oferecida pelo SUS
A recomendação de idade para a administração da vacina contra o HPV continua a mesma, ou seja, meninos e meninas entre nove e 26 anos, de preferência antes da iniciação sexual. Por enquanto, ela não está disponível na rede pública de saúde e o custo da imunização em clínicas particulares pode ultrapassar os R$ 1.000,00 (três doses).

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Taxa de obesidade bate recorde no País

Novo estudo do Ministério da Saúde mostra que 15,8% dos brasileiros são obesos, o maior índice da história;49% estão acima do peso

A taxa de obesidade bateu recorde histórico no País. Novo estudo do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (10) mostra que o índice alcançou a marca de 15,8% da população, cerca de 30 milhões de pessoas. Na última pesquisa – referente ao ano 2010 – eles somavam 15%. Em 2006, a porcentagem era de 11,4%.
As mulheres superam ligeiramente os homens nesta estatística. Entre elas, o índice de obesidade é de 16% e neles a marca chega a 15,7%. Além da obesidade, também foram divulgados os números de sobrepeso, quando os ponteiros da da balança estão em desacordo com a altura (quando o Índice de Massa Corporal ou IMC é maior do que 25). Esta condição já aumenta o risco de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares, e afeta quase metade da população, 49% do total.

 
O número cresce em média um ponto percentual por ano. Os homens, nesta categoria de sobrepeso, são os que mais estão acima do ideal. Em 2006, eles representavam 47% da população, mas, em 2011, esse número cresceu para 52%. O excesso de peso no sexo masculino começa cedo, na faixa dos 18 aos 24 anos, 29,4% já estão nessa condição. Entre as mulheres, 45% apresentam IMC alto (contra 39% em 2006).

Evolução da obesidade e excesso de peso no País

Os dados do Vigitel mostram que, desde 2006, o número de brasileiros com excesso de peso e obesos aumentou (em %).

Vigitel 2011 / Ministério da Saúde

“Agora é hora de reverter essa tendência, se não quisermos chegar a patamares como os da Argentina, Chile e Estados Unidos”, afirmou o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. De acordo com o ministério, a obesidade atinge 20,5% dos argentinos, 25,1% dos chilenos e 27,6% dos americanos. Para isso, o ministro acredita que é importante investir em campanhas para mudanças de hábitos dos brasileiros.
“Criar espaços públicos para a prática de atividade física, como as academias de saúde, e investir nas políticas para que a indústria produza alimentos mais saudáveis são essenciais”, afirma.
O estudo é chamado de Vigilância de Fatores de Risco (Vigitel). Para chegar ao raio X, pesquisadores do Ministério ouviram, por meio de um inquérito telefônico, 54.144 pessoas, entre janeiro e dezembro do ano passado, todas maiores de 18 anos e moradoras das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal.

Alimentação e atividade física
A pesquisa mostrou que os hábitos alimentares dos brasileiros não têm mudado de forma significativa nos últimos anos. Apenas um terço da população (30,9%) consome frutas e hortaliças regularmente (cinco ou mais porções por semana) e 20,2% cumprem a dieta recomendada de cinco ou mais porções de frutas e hortaliças diariamente.
Por outro lado, 34,6% dos brasileiros admite consumir carnes com excesso de gorduras, 56,9% não dispensa o leite integral e um terço da população (29,8%) bebe refrigerantes pelo menos cinco vezes por semana. Os homens se alimentam pior. O consumo de carnes gordurosas é feito por 45,9% deles, enquanto o índice entre as mulheres cai para 24,9%. Eles comem menos hortaliças e frutas e tomam mais refrigerante e leite integral.
“Os hábitos estão ligados a mudanças culturais, que levam mais tempo para serem aferidas, por isso não tivemos mudanças significativas de 2006, quando o Vigitel começou a ser feito, para cá”, comenta o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
Barbosa comemorou outro resultado da pesquisa: o sedentarismo entre a população brasileira caiu. Em 2006, esse índice era de 15,6%. Agora, está em 14%. A prática regular de atividade física é considerada fundamental para a prevenção de doenças crônicas – cardiovasculares, câncer, hipertensão e diabetes – e no combate à obesidade.
Os homens adultos lideram as estatísticas sobre a prática de exercícios físicos por lazer: 39,6% deles se exercitam por diversão, enquanto o índice entre as mulheres é de 22,4%. Florianópolis (SC) é capital em que mais pessoas (41% da população) praticam atividades físicas no tempo livre. Porto Velho (RO) aparece no lado oposto da lista: apenas 26% dos habitantes têm o mesmo hábito.

Escolaridade
A pesquisa demonstrou a forte ligação entre escolaridade, excesso de peso e os hábitos alimentares e de prática de atividade física dos brasileiros. Mais da metade (52%) da população com menos de oito anos de estudo está acima do peso. O número cai para 47% entre quem tem mais de 12 anos de estudo.
A escolaridade, no entanto, tem efeito contrário quando o recorte é feito por sexo. Entre os homens mais escolarizados (mais de 12 anos de estudo), 60% estão com excesso de peso e 17% estão obesos. A taxa cai para 51% e 16% entre os menos escolarizados.

Com as mulheres, o fenômeno é inverso. Quanto mais escolarizadas e, segundo o ministério, com mais acesso a informação, mais magras são elas. Entre aquelas com mais de 12 anos de estudo, 35% estão fora do peso ideal e 11% obesas. O número de sobrepeso sobe para 52% entre as menos escolarizadas e, de obesidade, para 20%.
Na alimentação, o estudo demonstrou que as pessoas menos escolarizadas são as que mais consomem leite integral, carne com excesso de gordura e menos hortaliças e frutas. O bom hábito dessa parcela da população que supera o da mais escolarizada é o consumo de feijão.

Escolaridade X alimentação saudável

Há diferenças de hábitos alimentares entre as pessoas que têm menos e mais instrução formal, exceto no consumo de refrigerantes (em %)

Vigitel 2011 / MInistério da Saúde

A escolaridade também é determinante na prática de atividade física. Entre os brasileiros que estudaram mais de 12 anos, 42,1% faz algum tipo de exercício. O percentual cai para 24% entre quem estudou até oito anos.

Capitais
Porto Alegre (RS) é a capital com mais pessoas acima do peso: 55%. Fortaleza (CE) aparece em segundo lugar, com 54% de prevalência de adultos com sobrepeso. Duas capitais, Palmas (TO) e São Luiz (MA), são as que tiveram menor número de pessoas com excesso de peso: 40% da população.
A obesidade é mais frequente em Macapá e Porto Alegre, com 21% e 20%, respectivamente. Novamente a capital do Tocantins, Palmas, aparece como a cidade com menos obesos (12,5%), seguida por Teresina (13%) e São Luís (13%).

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Cães identificam câncer de intestino em fase inicial

De acordo com estudo, cão diagnosticou amostras cancerígenas com 95% de precisão



Mais do que pegar a bola: estudo mostrou que cães são capazes de farejar câncer


Um estudo publicado nesta segunda-feira (31) no site da revista médica "British Medical Journal - BMJ" aponta que os cachorros são capazes de detectar câncer de intestino pelo olfato com grande nível de precisão, embora a doença precise estar na fase inicial.

Com base nas pesquisas, os autores revelam a existência de componentes químicos correspondentes aos tipos de câncer específicos que circulam pelo corpo humano e que um cão é capaz de farejar.

Isto abriria, conforme uma equipe de analistas do Departamento de Cirurgia da Universidade de Kyushu, no Japão, a possibilidade de desenvolver testes para detectar a doença antes de alcançar outras partes do corpo.

Para chegar a esta descoberta, foi feita uma experiência com um cachorro labrador adestrado, que realizou durante vários meses testes de olfato entre os quais o de farejar mostras de sedimentos dos participantes.

As mostras pertenciam a 48 pessoas diagnosticadas com câncer de intestino e a 258 voluntários que não tinham a doença ou haviam tido câncer no passado.

Aproximadamente metade das amostras de voluntários procedia de pessoas com pólipos de intestino que, embora benignos, são considerados precursores de câncer de intestino.

Em 6% dos testes, uma de cada dez das mostras de sedimentos procede de pessoas afetadas com outros problemas intestinais, como doenças inflamatórias do intestino, úlceras, diverticulite e apendicites.

As de câncer de intestino foram extraídas de pacientes que padeciam de vários níveis da doença, entre os quais nas fases iniciais.

O cachorro identificou com sucesso quais eram cancerígenas, e quais não eram, em 33 de 36 testes e em 37 de 38 verificações a partir de sedimentos, com as maiores taxas de detecção entre as extraídas das pessoas que tinham a doença na fase inicial.

Isto equivale, segundo o estudo, a 95% de precisão, em geral, para as mostras e 98% no caso das dos sedimentos, frente aos resultados obtidos pelas colonoscopias convencionais.

Os analistas indicaram que no caso das mostras de fumantes e pessoas com outro tipo de problemas, nos quais poderia pensar que esses fatores interfeririam ou poderiam mascarar outros cheiros, não representaram nenhum problema para o cachorro.

O estudo mostrou que existem cheiros específicos discerníveis exalados pelas células cancerígenas do corpo, uma teoria apoiada por outras pesquisas que apontam os cachorros como capazes de farejar câncer de bexiga, pele, pulmão, mama e ovário.

Os autores admitem que a utilização de cachorros para detecção de câncer é pouco prática e cara. Eles acreditam que essa descoberta abre caminho para desenvolver um sensor capaz identificar componentes específicos.

Ansiedade acelera progresso do câncer

Estudo feito em camundongos mostrou que animais ansiosos tiveram mais tumores e foram os únicos que desenvolveram formas invasivas.

Pesquisadores da Universidade de Stanford descobriram que a ansiedade pode piorar a evolução do câncer. Em seu estudo, os cientistas verificaram que camundongos ansiosos desenvolveram mais tumores que os tranquilos por apresentarem decréscimo de imunidade. Análises anteriores já haviam relacionado o estresse crônico ao aumento do risco de câncer e de outras doenças, mas este é o primeiro a ligar biologicamente traços de personalidade como a alta ansiedade ao câncer.

“A descoberta é importante, pois se o diagnóstico de qualquer doença já gera ansiedade, mais aflito o paciente vai ficar caso saiba que a ansiedade é perigosa”, afirmou ao iG Firdaus Dhabhar, autor do estudo publicado no periódico científico PLoS ONE. Camundongos ansiosos mostraram que além de terem altos níveis do hormônio do estresse, a corticosterona, também apresentavam quantidades menores das chamadas células T, que atuam contra o câncer.

Dhabhar adverte que ainda são necessários mais estudos para que analisar a relação entre ansiedade e a progressão do câncer em humanos. “O diagnóstico de câncer já é ruim o suficiente para gerar estresse e ansiedade e o nosso estudo sugere que a ansiedade pode acelerar a progressão da doença, o que pode acabar criando um círculo vicioso”, disse. Para o pesquisador, o objetivo da pesquisa é tentar amenizar ou eliminar os efeitos da ansiedade e do estresse crônico no momento do diagnóstico ou durante o tratamento.

Como assim rato ansioso?

Entende-se por camundongos ansiosos aqueles que não se saíram muito bem em testes que mediam o comportamento em motivações conflitivas como a dúvida entre a necessidade de explorar para encontrar comida e parceiros e a necessidade de segurança.

Para descobrir o grau de ansiedade dos camundongos, a equipe colocou os animais em canaletas em forma de cruz, onde um caminho tinha paredes abertas e no outro fechado. A ideia era medir a frequência com que os camundongo se aventuravam para o lado aberto. “É provável que um camundongo com alta ansiedade passe mais tempo na segurança do escuro, onde, na natureza, seria menos provável ser descoberto por predadores”, explicou Dhabhar.

Depois de determinados quais camundongos eram ansiosos e quais não eram, os animais foram expostos animais a raios ultravioleta por 10 minutos, três vezes por semana ao longo de 70 dias, o que causaria câncer de pele nas cobaias. Quase todos os camundongos desenvolveram câncer de pele, porém os ansiosos, com sistema imune mais fraco, tiveram mais tumores e foram os únicos que desenvolveram formas invasivas de câncer.

Nova molécula abre caminho para tratamentos contra câncer

Substância impede movimento e multiplicação das células cancerígenas, em especial as resistentes a tratamentos tradicionais de quimioterapia, disseram pesquisadores franceses.

Uma nova molécula anticancerígena e antimetástase que abre caminhos para novos tratamentos alternativos contra o câncer acaba de ser descoberta por uma equipe internacional de pesquisadores.

A molécula, batizada de "Liminib", impede o movimento e a multiplicação das células cancerígenas, em particular as resistentes a tratamentos de quimioterapia, explicou nesta terça-feira (28) o Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS) em comunicado.


A principal característica da "Liminib", resultado de uma década de trabalho e testes em mais de 30 mil moléculas, é sua capacidade de inibir a enzima quinase, cuja presença excessiva favorece a multiplicação das células e propagação do câncer.

Esta enzima regula a dinâmica do esqueleto interno da célula, formado por uma rede de fibras cujos filamentos permitem ela se movimentar e reproduzir.

A molécula "Liminib" estabiliza e bloqueia essa rede de fibras, impedindo que sua multiplicação. Os resultados de um estudo piloto, realizado em ratos, são "encorajadores", segundo o CNRS, que participou da pesquisa junto a outras instituições francesas e cientistas da Austrália e do Reino Unido.

No estudo, ficou constatado que a nova descoberta "não tem apenas boa eficácia, mas que os animais tratados apresentaram boa tolêrância à substância".


 

Transgênicos aumentam em até três vezes ocorrência de câncer em ratos

Estudo revelou que ratos alimentados com milho geneticamente modificado morreram mais rápido. Cientistas afirmam que resultados de pesquisa são alarmantes.

No estudo, 200 ratos foram alimentados durante dois anos com três tipos diferentes de milho

Os ratos alimentados com organismos geneticamente modificados (OGM) morrem antes e sofrem de câncer com mais frequência do que os demais, destaca um estudo publicado nesta quarta-feira (19) pela revista "Food and Chemical Toxicology", que considera os resultados "alarmantes".

"Os resultados são alarmantes. Observamos, por exemplo, uma mortalidade duas ou três vezes maior entre as fêmeas tratadas com OGM. Há entre duas e três vezes mais tumores nos ratos tratados dos dois sexos", explicou Gilles-Eric Seralini, professor da Universidade de Caen, que coordenou o estudo.

Para realizar a pesquisa, 200 ratos foram alimentados durante um prazo máximo de dois anos de três maneiras distintas: apenas com milho OGM NK603, com milho OGM NK603 tratado com Roundup (o herbicida mais utilizado do mundo) e com milho não alterado geneticamente tratado com Roundup.

Os dois produtos (o milho NK603 e o herbicida) são propriedade do grupo americano Monsanto.

Durante o estudo, o milho fazia parte de uma dieta equilibrada, em proporções equivalentes ao regime alimentar nos Estados Unidos.
"Os resultados revelam uma mortalidade muito mais rápida e maior durante o consumo dos dois produtos", afirmou Seralini, cientista que integra ou integrou comissões oficiais sobre os alimentos transgênicos em 30 países.
"O primeiro rato macho alimentado com OGM morreu um ano antes do rato indicador (que não se alimenta com OGM), enquanto a primeira fêmea, oito meses antes. No 17º mês foram observados cinco vezes mais machos mortos alimentados com 11% de milho (OGM)", explica o cientista.

Os tumores aparecem nos machos até 600 dias antes de surgirem nos ratos indicadores (na pele e nos rins). No caso das fêmeas (tumores nas glândulas mamárias), aparecem, em média, 94 dias antes naquelas alimentadas com transgênicos.

Os pesquisadores descobriram que 93% dos tumores das fêmeas são mamários, enquanto que a maioria dos machos morreu por problemas hepáticos ou renais.

O artigo da "Food and Chemical Toxicology" mostra imagens de ratos com tumores maiores do que bolas de pingue-pongue.

"Com uma pequena dose de Roundup, que corresponde à quantidade que se pode encontrar na Bretanha (norte da França) durante a época em que se espalha este produto, são observados 2,5 vezes mais tumores mamários do que é normal", explica Seralini.

O diretor do estudo disse ainda que os transgênicos agrícolas são organismos modificados para resistir aos pesticidas ou para produzi-los e lembrou que 100% dos transgênicos cultivados em grande escala em 2011 foram plantas com pesticidas.

"Pela primeira vez no mundo, um OGM e um pesticida foram estudados por seu impacto na saúde a mais longo prazo do que haviam feito até agora as agências de saúde, os governos e as indústrias", disse o coordenador do estudo.

Segundo Seralini, os efeitos do milho NK603 só foram analisados até agora em períodos de três meses. Alguns transgênicos já foram analisados durante três anos, mas nunca até agora com uma análise em tal profundidade, segundo o cientista.

Também é a primeira vez, segundo Seralini, que o pesticida Roundup foi analisado em longo prazo. Até agora, somente seu princípio ativo (sem seus coadjuvantes) havia sido analisado durante mais de seis meses.

"São os melhores testes que podem ser realizados antes dos testes em humanos", explicou ainda.
O estudo foi financiado pela Fundação CERES, bancada em parte por cerca de 50 empresas, algumas delas do setor da alimentação que não produzem OMG, assim como pela Fundação Charles Leopold Meyer pelo Progresso da Humanidade.

 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Conexões Neurais


Cientistas criam modelo que reproduz conexões neurais de um rato

Um grupo de pesquisadores reconstruiu em um modelo informático uma parte do córtex cerebral de um rato identificando as conexões entre os neurônios, um avanço considerado fundamental para entender o funcionamento do cérebro dos mamíferos, segundo um estudo divulgado esta semana.

"É um grande avanço, já que sem isso seriam necessárias décadas ou, inclusive, séculos para determinar o lugar de cada sinapse (conexões entre os neurônios) no cérebro", explicou Henry Markram, diretor do projeto batizado de Blue Brain, da Escola Politécnica de Laussane, Suíça.

"A partir de agora será muito mais fácil construir modelos informáticos precisos", acrescentou o pesquisador, cujo trabalho foi publicado na revista PNAS, em sua edição de 17 de setembro. O objetivo do projeto, iniciado em 2005, é construir um cérebro virtual de um mamífero até 2018.

Um dos grandes desafios da neurociência é construir uma mapa de sinapses entre os neurônios, um projeto que foi denominado Connectome e que permitirá explicar os fluxos de informação do cérebro, o que é considerado uma espécie de Santo Graal da pesquisa neste campo.

O cérebro humano conta com centenas de milhares de neurônios e um número muito maior de sinapses. Para reconstruir virtualmente em três dimensões um microcircuito do córtex cerebral do rato, os cientistas usaram dados obtidos durante 20 anos em amostras do tecido cerebral, nas quais foram determinadas a forma e as propriedades elétrica dos diferentes neurônios, as células do sistema nervoso cerebral.

Os pesquisadores traduziram, utilizando um supercomputador da IBM conhecido como Blue Gene, todas as propriedades biológicas para dados matemáticos para realizar assim um modelo de 10 mil neurônios conectados entre si, com 30 milhões de sinapses e vários quilômetros de fibras. Dessa forma, constataram que a distribuição das sinapses virtuais do estudo correspondiam a de 75 a 95% do real no caso dos ratos, o que valida seu modelo.

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